quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Porque as mulheres continuam apanhando

Apenas um desabafo
Infelizmente todos os dias somos obrigados a nos deparar nos telejornais, com casos de violência contra a mulher. Ontem logo pela manhã assistindo ao SP no Ar, foi apresentado o caso da uma mulher de 32 anos , a qual não me recordo o nome agora, que foi brutalmente espancada pelo ex-marido, que inclusive, estava proibido pela justiça de se quer aproximar-se da vítima.
Hoje como telespectadora assídua que sou, vejo o caso de uma outra mulher que foi espancada até a morte pelo marido, felizmente preso na rodoviária quando tentava fugir.
Na semana retrasada tivemos o caso de uma moça que foi morta pelo ex namorado na academia em que trabalhava, sendo que a vítima já havia feito dois boletins de ocorrência. Para a minha felicidade, o assassino também já está preso. Há alguns meses tivemos a Eloá e assim por diante, se eu continuar ficarei aqui por horas, relatando casos e mais casos. Até quando?

Mais de 160.000 casos de violência contra a mulher só em 2008
Foram registrados mais 169.000 casos de violência contra a mulher segundo um levantamento feito pelo Governo Federal somente no ano de 2008 e mesmo com a lei Maria da Penha sancionada pelo Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, em 7 de agosto de 2006 os casos ainda são frequentes. A lei prevê de três meses a três anos de prisão para o agressor.

Segundo a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM) no ano de 2008 foram efetuados 24.523 chamados, enquanto em 2007 a central de atendimento registrou 20.050 ligações, portanto, houve um aumento significativo de 22,3% nos relatos de violência recebidos, sendo que 94,1% foram identificados como casos de violência doméstica e na grande maioria(63,2%) o agressor é o conjuge da vítima.

Por muitas vezes as vítimas se calam com medo dos agressores, mas em outras é porque ainda sentem algum afeto pelo companheiro e não quer que ele seja prejudicado, acreditando ainda que com essa atitude as agressões podem ter um fim. Mas o que acontece na realidade é bem diferente e na maioria das vezes acontece um novo caso de violência.

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEMP) alerta que a denuncia é a melhor forma de combater as agressões. O serviço funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados para denunciar ligue 180.

Maria da Penha
Maria da Penha Maia Fernandes, vítima de espancamento, ficou paraplégica em consequencia das agressões praticadas por seu ex-marido que tentou matá-la por duas vezes, ela lutou durante 21 anos pela condenação de seu agressor que após ficar preso durante dois anos encontra-se em liberdade.

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